Com o desenvolvimento dos trabalhos de acolchoado, a técnicas foram associadas, e não demorou muito para que fosse utilizada em composições com patchwork, criando estilos de aplicação. Por exemplo:
Bordado persa ou chintz appliqué.
É uma técnica que surgiu na Inglaterra e se popularizou no período da colonização americana. Chintz quer dizer "pano de chita", e os primeiros "panos de chita" vieram da Índia, na época de sua colonização pelos ingleses, em meados dos anos 1.600. Mas as estampas indianas não eram bem aceitas na Europa, e os produtores resolveram fabricar tecidos com estampas florais e baseadas na arte inglesa, como pássaros e flores. O Chintz teve uma aceitação muito grande, principalmente na Inglaterra. Os Ingleses começaram a produzir os tecidos estampados, cujo nome foi mudado para bordado persa, uma vez que as estampas eram mais elaboradas. Com o preço do tecido muito alto, já não dava pra fazer a colcha inteira de chintz; o jeito era utilizar esse tecido em aplicações. Daí surgiu a aplicação persa. Essa técnica consiste em recortar motivos de um tecido estampado e aplicá-o em um tecido de base, fazendo novas composições. Existem diferentes métodos de fazer a aplicação persa. Pode ser utilizado o fusible webbing, a aplicação tradicional com o ponto da virada da agulha, ou pode ser aplicado com a utilização de interfacing (entretela) com a técnica do baggin appliqué.
Aplicação havaiana:
Por volta do ano 1.800, os missionários chegaram às ilhas havaianas e ensinaram as nativas técnicas de costura e bordados. Com a chegda de missionárias alemãs, que ensinaram e a técnica Scherenschnitte (uma técnica alemã de dobrar e recortar o papel para criar figuras simétricas), as nativas começaram a criar um estilo próprio de fazer patchwork, adaptando as técnicas que aprenderam aos conhecimentos e às habilidades artísticas que já possuíam.. O tecido, então, era dobrado algumas vezes e recortado, dando origem a desenhos e foras inspirados em lendas, tradições de sua cultura, e que lembram formas de "flocos de neve"; daí essa técnica também ser conhecida como snowflake appliqué. A técnica desenvolveu-se de tal forma que criou o estilo havaiano, e hoje os quilts havaianos são conhecidos e admirados em todo o mundo. O estilo havaiano é caracterizado por aplicações de um tecido claro e um tecido de base escuro, ou vice-versa. A aplicação utiliza o método tradicional da virada da agulha.
Aplicação Reversa:A aplicação reversa tornou-se popular em meados do século 19. É uma aplicação "ao contrário". O tecido a ser aplicado é colocado sob o tecido de base e pode-se utilizar de uma a várias camadas de tecidos sobrepostos. O tecido de base é sobreposto aos tecidos a serem aplicados, recorta-se a figura da aplicação no tecido de base e nos tecidos subsequentes, conforme a necessidade de as camadas aparecerem. O método utilizado é o da virada da agulha. Os trabalhos de Molas e Pandau são exemplos de estilos que utilizam a técnica.
Aplicação sombra:Essa técnica consiste em das um "efeito" sombreado na aplicação, colocando-se um tecido translúcido sobre a aplicação para tirar um pouco da "luminosidade" das cores utilizadas. Faz-se a aplicação com a utilização de papel termocolante ou cola apropriada para aplicação, coloca-se sobre todo o trabalho um tecido translúcido (organza), que é preso com pontos de alinhavo. Dica: para escolher os tecidos que serão utilizados, coloque a organza sobre eles, pois as cores ficam modificadas e nem sempre determinada combinação fica harmoniosa ao ser coberta com a organza.
Além das técnicas e estilos apresentados, existem vários outros que você pode pesquisar e se aventurar: aplicação 3D, vitral, aplicação com a utilização de interface ou bagging appliqué, apliquilt, raw edge appliqué, channel appliqué, Tahitian appliqué, entre outros.
Ao escolher um trabalho de aplicação, é importante você conhecer algumas técnicas ou métodos de trabalho que podem facilitar e melhorar o efeito final de uma aplicação. Por desconhecer as várias técnicas, algumas pessoas acabam desistindo, por achar difícil ou "moroso".
Muitas vezes compramos um projeto, desconhecendo os métodos de trabalho que podem ser executados. E o que poderia ser um prazer torna-se um problema e até desperdício, pois não conseguimos finalizar.
Com certeza, a aplicação é um trabalho que requer algumas horas a mais, principalmente para quem faz aplicação à mão. A grande maioria dos desenhos utilizados possui curvas irregulares, e isso dificulta ainda mais a execução de aplicação, mas não a torna impossível.
Conheça alguns métodos ou técnicas de aplicação, procure aprender pelo menos algumas delas. Você verá que "aquele trabalho impossível" nem sempre é tão impossível assim, desde que se conheça a técnica apropriada para desenvolvê-lo.
E aí? gostaram do texto?
Ele foi retirado da revista Patch e afins nº 42. Escrito por Patrícia Rosana.
Beijos, até mais
Por volta do ano 1.800, os missionários chegaram às ilhas havaianas e ensinaram as nativas técnicas de costura e bordados. Com a chegda de missionárias alemãs, que ensinaram e a técnica Scherenschnitte (uma técnica alemã de dobrar e recortar o papel para criar figuras simétricas), as nativas começaram a criar um estilo próprio de fazer patchwork, adaptando as técnicas que aprenderam aos conhecimentos e às habilidades artísticas que já possuíam.. O tecido, então, era dobrado algumas vezes e recortado, dando origem a desenhos e foras inspirados em lendas, tradições de sua cultura, e que lembram formas de "flocos de neve"; daí essa técnica também ser conhecida como snowflake appliqué. A técnica desenvolveu-se de tal forma que criou o estilo havaiano, e hoje os quilts havaianos são conhecidos e admirados em todo o mundo. O estilo havaiano é caracterizado por aplicações de um tecido claro e um tecido de base escuro, ou vice-versa. A aplicação utiliza o método tradicional da virada da agulha.
Aplicação Reversa:A aplicação reversa tornou-se popular em meados do século 19. É uma aplicação "ao contrário". O tecido a ser aplicado é colocado sob o tecido de base e pode-se utilizar de uma a várias camadas de tecidos sobrepostos. O tecido de base é sobreposto aos tecidos a serem aplicados, recorta-se a figura da aplicação no tecido de base e nos tecidos subsequentes, conforme a necessidade de as camadas aparecerem. O método utilizado é o da virada da agulha. Os trabalhos de Molas e Pandau são exemplos de estilos que utilizam a técnica.
Aplicação sombra:Essa técnica consiste em das um "efeito" sombreado na aplicação, colocando-se um tecido translúcido sobre a aplicação para tirar um pouco da "luminosidade" das cores utilizadas. Faz-se a aplicação com a utilização de papel termocolante ou cola apropriada para aplicação, coloca-se sobre todo o trabalho um tecido translúcido (organza), que é preso com pontos de alinhavo. Dica: para escolher os tecidos que serão utilizados, coloque a organza sobre eles, pois as cores ficam modificadas e nem sempre determinada combinação fica harmoniosa ao ser coberta com a organza.
Além das técnicas e estilos apresentados, existem vários outros que você pode pesquisar e se aventurar: aplicação 3D, vitral, aplicação com a utilização de interface ou bagging appliqué, apliquilt, raw edge appliqué, channel appliqué, Tahitian appliqué, entre outros.
Ao escolher um trabalho de aplicação, é importante você conhecer algumas técnicas ou métodos de trabalho que podem facilitar e melhorar o efeito final de uma aplicação. Por desconhecer as várias técnicas, algumas pessoas acabam desistindo, por achar difícil ou "moroso".
Muitas vezes compramos um projeto, desconhecendo os métodos de trabalho que podem ser executados. E o que poderia ser um prazer torna-se um problema e até desperdício, pois não conseguimos finalizar.
Com certeza, a aplicação é um trabalho que requer algumas horas a mais, principalmente para quem faz aplicação à mão. A grande maioria dos desenhos utilizados possui curvas irregulares, e isso dificulta ainda mais a execução de aplicação, mas não a torna impossível.
Conheça alguns métodos ou técnicas de aplicação, procure aprender pelo menos algumas delas. Você verá que "aquele trabalho impossível" nem sempre é tão impossível assim, desde que se conheça a técnica apropriada para desenvolvê-lo.
E aí? gostaram do texto?
Ele foi retirado da revista Patch e afins nº 42. Escrito por Patrícia Rosana.
Beijos, até mais
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